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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Até Logo Seu Chico


Hoje, dia 14/10/2011, faleceu o Sr Francisco Cosme Dantas, avô do meu filho.
Gostaria de compartilhar com todos meu carinho e admiração por esse homem de Deus.
O seu Chico, como o chamava, foi um homem trabalhador, dedicado a família e principalmente honesto. Vi ele por muitas vezes externar a importância que tinha para um homem cumprir com sua palavra e honrar seus compromissos. Valor tão esquecido nos dias de hoje, a palavra de um homem não vale mais o que valia há gerações passadas.
Na geração atual um homem fala uma coisa hoje e muda sua opinião amanhã, hoje um pai de família dá a sua palavra, amanhã age totalmente diferente.
Este, para mim, foi o melhor exemplo que tive dele nos anos em que convivemos juntos.
Conversávamos muito sobre diversos assuntos. Nas suas longas conversas ele gostava de me falar sobre seu tempo de Quartel, onde citava seus amigos de caserna como: "pe com pano", "alecrim", Sgt Maurício, etc. Ouvi muitas vezes as mesmas histórias e cada uma delas me agradava ouvir.
A primeira vez que tive contato com ele, eu tinha 22 anos, era um jovem oficial e apaixonado pela vida militar. Nesta ocasião ele me falou que havia conhecido o Cap Lamarca, um guerrilheiro na década de 60. Este fato bastou para nos aproximar. Boas e sábias histórias ouvi de sua boca.
Lembro-me que, logo após a morte de meu pai, ele teve uma atitude que me fez lembrar muito meu saudoso paizinho. Eu havia sido convidado para desempenhar uma função nobre dentro da minha profissão e, devido a isso, tive que me mudar. Houve uma solenidade de despedida em minha homenagem e nela foi me entregue um documento no qual se encontravam palavras elogiosas sobre minha pessoa. Pois bem, o seu Francisco fez questão de tirar uma cópia para a minha mãe e outra para ele, mal sabia ele que era exatamente o que meu pai faria se estivesse vivo. Aquele gesto tão simples de alegria por meu sucesso consolou meu coração tão sofrido pela recente perda de meu pai.
Outra atitude que ele costumava fazer que lembrava meu pai era com referência a seus comentários sobre mim para seus amigos. Ele fazia muitos elogios, detalhando minhas atitudes como homem, como filho, como pai e como profissional. Via nos seus olhos que uma vitória minha, também era dele.
Realmente posso dizer que ele foi um segundo pai para mim e que um dia estaremos juntos com Jesus Cristo.
Fica aqui essa singela, mas verdadeira homenagem a esse pai adotivo que tive.
É com lágrimas de saudade que findo essas poucas palavras. Contudo com alegria no espírito que me despesso do seu Francisco. A saudade dói, mas a Bíblia diz que o céu se alegra pela passagem de um justo, pois o justo descansa nos braços de Cristo.

ATÉ LOGO SEU CHICO!!!


Vô Chico esta é minha homenagem para ti, do teu Neto Gabriel Dantas Corrêa.

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