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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Amando o próximo como a si mesmo!!!

A gráfica onde o pai trabalhava tinha fins filantrópicos e era mantenedora de dois orfanatos e um asilo. Desta forma alguns estagiários oriundos dos orfanatos passavam pela gráfica. Era uma forma de se profissionalizar aqueles adolecentes e inserí-los no mercado de trabalho de uma forma digna.
Um destes estagiários tinha problemas mentais. Durante as crises, ele ficava violento e criava um mundo completamente irreal.
Como ele veio trabalhar com o pai? Esse menino já havia trabalhado em diversas empresas da cidade com o intuito de inserí-lo na sociedade, porém em nenhum lugar ele se adaptou devido a suas crises. Ele era muito discriminado por sua doênça.
Meu pai conheceu a história deste menino e propôs que ele viesse estagiar na gráfica. A mãe desse menino já estava muito abatida e não cria que o filho pudesse se adaptar a sociedade.
O garoto começou a trabalhar e, durante meses, não apresentou nenhum sintoma de sua doênça. Durante este período o pai convenceu a todos os funcionários da grafica a vê-lo como uma pessoa normal e tratá-lo como tal. O guri se sentiu normal e por vezes evidencou isso. Porém, um certo dia, após meses de trabalho, apresentou um distúrbio. Essa crise teve origem de um desentendimento que teve com sua mãe. Chegando na gráfica ele disse que havia comprado um carro e que iria viajar e por isso não poderia mais continuar trabalhando na gráfica. O pai percebeu que havia algo de errado e resolveu ajudár-lo. Ligou para um médico amigo seu que conhecia o garoto, combinou com o Dr. que iria levá-lo no consultório e para isso teria que entrar no mundo dele. O Dr. concordou em receber o jovem nas condições que o pai tinha apresentado.
Faço um parênteses que o menino não aceitava sua condição de doente e por isso não ia ao médico, a não ser obrigado.
O pai continuou conversando com o menino e ouviu a história toda. Conversaram por horas e o pai entrou no mundo dele, dando apoio e incentivo. Inclusive o menino o convidou para viajar com ele. Depois de o menino ter falado tudo o que queria o pai disse:
"O fulano eu quero viajar junto contigo. Contudo, eu tenho um problema mental. Eu sou meio desequilibrado e por isso preciso que alguém me leve ao médico para ele me tratar e eu confio em ti para isso". O menino, já se sentindo muito próximo do meu pai, concordou em levá-lo. O médico em questão era o único Dr que o menino conhecia, por isso ele o indicou para o pai. Chegando no médico, o menino apresentou o Dr ao meu pai e disse do suposto problema que meu pai estava enfrentando. Conversa vai, conversa vem, o menino começou a falar de seu próprio problema e acabou se consultando com o médico. O garoto saiu do consultório medicado e feliz. Posteriormente ocorreram outros fatos semelhantes, porém poucos. Depois de quase 3 anos trabalhando na gráfica o menino nunca mais teve nenhuma crise. Anos após já ter saído da gráfica, o menino reaparece junto com sua mãe, agora um homem feito, com um bom emprego, para agradecer meu pai por sua solidariedade com ele e para confirmar que estava curado e nunca mais havia tido nenhuma crise.
É lindo ver como Deus se move em favor das pessoas, basta que haja UM e APENAS UM disposto a ajudar. Creio que a cura do menino foi um milagre exclusivo de Deus, mas enquanto Deus não encontrou um coração disposto a ser usado pelo Espírito Santo, o milagre não aocnteceu. Deus tem o poder, mas a atitude de amar e abençoar o próximo TEM QUE PARTIR DE NÓS.
Vejo mujitos culparem a Deus pela fome, miséria e violência, mas a culpa NÃO É DE DEUS, a culpa é nossa que não fizemos nossa parte. Nos surpreendemos com a fome da África, mas o mendigo que está na calçada de nossa casa continua faminto. Condenamos as lideranças políticas pela passividade diante das injustiças sociais, mas não somos capazes de ir ao hospital dar uma palavra de consolo aos enfermos.
Infelizmente são poucos os que fazem, mas muitos os que criticam. Pense nisso!!!

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