
No
ano 2030, o número de indivíduos acima de 65 anos pode alcançar 70
milhões somente nos Estados Unidos; o segmento populacional que mais
cresce é o de pessoas com 85 anos e mais.
No Brasil, a população de
pessoas acima de 60 anos era de 7,8 milhões, sendo que, até 2020 este
número irá aumentar 16 vezes sendo que as mulheres Brasileiras possuem
expectativa de via que ultrapassa os 78 anos.
Como mais indivíduos vivem mais, é necessário determinar a amplitude e
os mecanismos em que o exercício e a atividade física podem melhorar a
saúde, capacidade funcional, qualidade de vida e independência nesta
população. O envelhecimento é um processo complexo que envolve muitas
variáveis (por exemplo, genética, estilo de vida, doenças crônicas) que
interagem entre si e influenciam significativamente o modo em
que alcançamos determinada idade. A participação em atividade física
regular (exercícios aeróbicos e de força) fornecem um número de
respostas favoráveis que contribuem para o envelhecimento saudável.
Muito tem sido aprendido recentemente em relação à adaptabilidade dos
vários sistemas biológicos, assim como os meios em que o
exercício regular pode influenciá-los.

A
participação em um programa de exercício regular é uma modalidade
de intervenção efetiva para reduzir/prevenir um número de declínios
funcionais associados ao envelhecimento. Adicionalmente, a
treinabilidade dos indivíduos idosos (incluindo octo- e nonagenarianos) é
evidenciada pela habilidade de se adaptarem e responderem a ambos tipos
de treinamento, endurance e força. O treinamento de endurance pode
ajudar a manter e melhorar vários aspectos da função cardiovascular
(VO2máx, débito cardíaco e diferençaarterio-venosa de O2) bem como
incrementar a performance subm áxima. Muito importante, as reduções nos
fatores de risco associados com os estados de doença (doença
cardíaca, diabetes, etc.) melhoram o estado de saúde e contribuem para o
incremento na expectativa de vida. O treinamento de força ajuda a
compensar a redução na massa e força muscular tipicamente associada com o
envelhecimento normal. Benefícios adicionais do exercício regular
incluem melhora da saúde óssea, portanto, redução no risco de
osteoporose; melhora da estabilidade postural, reduzindo assim o risco
de quedas, lesões e fraturas associadas; e incremento da flexibilidade e
amplitude de movimento. Enquanto, somente algumas evidências sugerem
que o envolvimento em exercícios regulares pode também fornecer muitos
benefícios psicológicos relacionados a preservação da função
cognitiva, alívio dos sintomas de depressão e comportamento, e uma
melhora no conceito de controle pessoal e auto-eficácia. É importante
observar que não necessariamente a participação em atividades físicas
pode demonstrar incrementos nos marcadores fisiológicos tradicionais
de performance e aptidão física (por exemplo, VO2máx, capacidade
oxidativa mitocondrial, composição corporal) em pessoas idosas, mas
melhora a saúde (redução nos fatores de risco de doenças) e capacidade
funcional. Portanto, os benefícios associados à atividade física e o
exercício regular contribuem para um estilo de vida independente e mais
saudável, melhorando muito a capacidade funcional e a qualidade de vida
nesta população.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MATSUDO SMM. ENVELHECIMENTO E ATIVIDADE FÍSICA. MIDIOGRAF. LONDRINA, 2001
SPIRDUSO WW. DIMENSÕES FÍSICAS DO ENVELHECIMENTO. EDITORA MANOLE. SÃO PAULO, 1995.
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