CHÁ VERDE
TOMATE
O
licopeno, pigmento que dá cor ao tomate, é considerado uma arma
poderosa na prevenção do câncer de próstata. Ao mesmo tempo, fortalece o
sistema imunológico. Há dezenas de estudos sobre a substância. Um
deles, provavelmente o maior, foi conduzido por médicos da Faculdade de
Saúde Pública da Universidade Harvard. De 1986 a 1998, foram analisados
os hábitos alimentares de quase 50 000 homens. Entre aqueles que
consumiam molho de tomate duas vezes por semana, a incidência de câncer
de próstata era 23% menor. Os benefícios do licopeno são maiores se o
tomate for cozido e acompanhado de um fiozinho de azeite. Dessa forma,
ele é mais bem absorvido pelo organismo.
CASTANHA-DO-PARÁ
ALHO
As propriedades terapêuticas do alho são conhecidas há quase 4 000 anos. Um papiro egípcio de 1550 a.C. lista duas dezenas de medicamentos à base da raiz. Os preparos eram utilizados para tratar os mais diversos males – de dor de cabeça a inflamação na garganta. Apenas no fim do século XIX foi possível identificar, entre as centenas de substâncias presentes no alho, aquelas capazes de prevenir e curar doenças. De todas, a mais efetiva é a alicina, responsável pelo cheiro forte do alimento. A substância protege o coração, ao diminuir a taxa de colesterol ruim, o LDL, e aumentar a do bom, o HDL. Além disso, ela contribui para manter a pressão arterial em níveis adequados. Para fazer diferença para a saúde, devem-se consumir dois dentes de alho, três vezes por semana. E, de preferência, crus. Exposto às altas temperaturas, o alho perde a maior parte dos benefícios.
SALMÃO
Graças
aos esquimós da Groenlândia, o salmão entrou para o cardápio da boa
saúde. Tudo começou na década de 70, quando pesquisadores americanos
esmiuçaram a dieta dessa população. Um fato os intrigava: a baixa
incidência de doenças cardiovasculares entre os esquimós, apesar de a
dieta deles ser rica em gordura animal. A resposta estava num tipo
especial de gordura, abundante em peixes de águas profundas: o ácido
graxo ômega-3. Essa substância previne infartos e derrames, ao baixar os
níveis de triglicérides e de LDL, o colesterol ruim. Preserva o cérebro
das doenças da velhice, como o mal de Alzheimer, ao proteger a membrana
das células cerebrais. Descobriu-se também que o ômega-3 ajuda a
melhorar a qualidade da vida sexual, ao estimular a produção de
hormônios ligados ao desejo e ao prazer. Um filé de salmão, duas a três
vezes por semana, contém a quantidade ideal de ômega-3.
AVEIA
Há fibras de dois tipos: as solúveis e as insolúveis. As primeiras atuam no intestino delgado, onde ocorre a absorção dos alimentos. As insolúveis agem no intestino grosso, área de formação dos dejetos. As fibras solúveis, constatou-se, ajudam a conter um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares: o colesterol alto. E poucos alimentos são tão ricos nesse tipo de fibra quanto a aveia – 100 gramas de aveia em flocos contêm 9 gramas de fibras solúveis contra os 5 gramas presentes na mesma quantidade de pão integral. Quatro colheres de sopa por dia de aveia (misturadas a iogurte ou a cereal, conforme o gosto da pessoa) são indicadas para quem precisa baixar os níveis de colesterol ruim, o LDL.
SOJA
UVA VERMELHA
Até o início da década de 90, uma questão intrigava o mundo científico: por que os franceses, adeptos de uma alimentação rica em gorduras saturadas, eram menos propensos a males cardíacos do que outros povos? A resposta foi dada por um estudo da Universidade Harvard. O hábito de tomar vinho tinto contrabalançava os exageros no patê e nos molhos à base de manteiga. Os americanos descobriram que meia taça da bebida por dia pode prevenir as doenças do coração. Para alívio dos médicos que se sentiam desconfortáveis em sugerir que seus pacientes consumissem bebida alcoólica, descobriu-se que não é o vinho tinto em si que faz bem, e sim os flavonóides, pigmentos encontrados na casca da uva vermelha. Os flavonóides aumentam as taxas de colesterol bom, o HDL, e ajudam a inibir a produção da substância responsável pelo enrijecimento das artérias. Um copo diário de suco de uva vermelha contém a quantidade ideal de flavonóides. Recentemente foi constatado mais um benefício dessa fruta: suas sementes contêm um composto chamado polifenol, eficaz para manter a pele jovem. Elas passaram a servir de matéria-prima para cremes e loções. |
Barras de cereais
As
barras de cereais estão na moda. Criadas para atender às necessidades
de esportistas, como forma de repor rapidamente a energia gasta em
atividades físicas intensas, elas logo caíram no gosto popular. Os
nutricionistas aprovam seu consumo, mas recomendam que não se coma uma
montanha delas imediatamente antes ou logo depois da prática de
exercícios. O motivo é que as fibras dificultam a absorção de água pelo
organismo, o que pode provocar desidratação. Fáceis de encontrar e de
carregar, na falta de uma fruta, as barras são uma alternativa para os
lanches da manhã ou da tarde. Só não é bom fazer da substituição um
hábito: comparando-as com as frutas, elas têm menos vitaminas e sais
minerais. Boa parte das calorias das barras de cereais vem sob a forma
de carboidratos, a grande fonte de energia do corpo humano. Ainda assim
são menos engordativas do que uma barra de chocolate diet. Adocicadas,
elas são indicadas para as mulheres que, em época de tensão
pré-menstrual, são acometidas por uma incontrolável fome de doces, em
especial de chocolate. Nesse caso, elas satisfazem o desejo e, por causa
das fibras, aumentam a sensação de saciedade.
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Mitos e verdades
"Clara de ovo crua ajuda a aumentar os músculos"
A albumina é uma das proteínas que compõem a clara de ovo. Associada à prática de exercícios físicos, ela realmente ajuda a aumentar a massa muscular. Mas não quando consumida crua. Ingerir clara de ovo ao natural faz com que os outros nutrientes do alimento inibam a absorção de uma vitamina do complexo B, a biotina, uma das substâncias responsáveis por fornecer energia ao organismo. Para tirar proveito de todas as proteínas e vitaminas presentes na clara de ovo, o melhor é comê-la cozida. "Batata só faz bem"
Cálcio, vitamina C, ferro, potássio e carboidratos. Todos esses nutrientes – e em grandes quantidades – estão presentes na batata. Um alimento tão rico assim só pode fazer bem, certo? Durante muito tempo, era essa a convicção. Hoje, muitos especialistas defendem que a batata ajuda a retardar o envelhecimento, promove a perda de peso e melhora o humor. Os elogios ao tubérculo, no entanto, estão mais comedidos. Batata demais no prato pode significar aumento da quantidade de açúcar e triglicérides no sangue – importantes fatores de risco para o diabetes e as doenças cardiovasculares. "A dieta ideal é rica em vegetais verde-escuros"
"Café faz mal"
Nenhum outro alimento parece ser tão controverso quanto o café. Os primeiros estudos datam de 1820, ano em que a cafeína foi descoberta. Muito tempo depois, por volta de 1950, várias pesquisas relacionaram o consumo da cafeína a um aumento na incidência de úlceras, determinados tipos de câncer e má-formação fetal. Era o começo de um vaivém científico. Nos anos seguintes, outros tantos trabalhos ou inocentaram o café ou voltaram a incriminá-lo. Os pareceres da agência americana de controle de alimentos e remédios, a FDA, são um retrato da falta de consenso sobre o assunto. Em 1958, ela deu sinal verde ao grão. Vinte anos mais tarde, alertou sobre a necessidade de mais estudos para ratificar que a substância era totalmente segura. Na década de 90, resolveu inocentar o café, com a ressalva de não se exagerar na dose. Nos últimos anos, sobram estudos convincentes sobre os benefícios do café para a saúde. Diz-se que aumenta a concentração, a atenção, a memória e até reduz os sintomas de depressão. O segredo está em consumi-lo moderadamente. Pessoas com distúrbios gástricos ou cardíacos devem redobrar a atenção. Quatro xícaras diárias são suficientes. Mas o café tem hora certa para ser consumido: depois de acordar, no meio da manhã, depois do almoço e no meio da tarde. |
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